Português: Gêneros Textuais - 8º ano A


Roteiro de estudos referente ao dia 04/08/2020 a 07/08/2020

Disciplina: Língua Portuguesa

Professora: Marcia Donato

E-mail: marcianato@gmail.com

Turma: 8 ano A


Atividade no Classroom

Código da turma:

5lfhozj

Aula 1


Desvendando os gêneros textuais




Usamos a expressão “tipo textual” para designar uma espécie de construção teórica definida pela natureza lingüística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). [...] Usamos a expressão “gênero textual” como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. 
Em nossa interação cotidiana com o mundo, lidamos com uma infinidade de textos verbais e não verbais, os quais se apresentam nas mais variadas formas e nos mais diferentes lugares, conforme a finalidade sociocomunicativa com que foram criados. O fato é que se torna impossível comunicar-se verbalmente, sem que o façamos por meio de um texto.
Nas ruas, deparamo-nos com outdoors e recebemos panfletos que quase sempre têm a finalidade de divulgar e incentivar o consumo de um produto. Orientamo-nos seguindo instruções e informações que vemos em placas e faixas espalhadas pela cidade. 
Nos livros, podemos encontrar textos de diferentes naturezas e que cumprem diferentes funções. Por exemplo, os textos literários – romances, contos, crônicas, novelas e compilações de poemas – destinam-se principalmente à fruição estética. Os livros de divulgação científica analisam objetos, fatos, situações e apresentam proposições teóricas sobre seus estudos. Há, ainda, livros de autoajuda, de receitas, biografias e autobiografias, etc. 
Nos jornais e nas revistas, há mais uma infinidade de diferentes textos. Há os editoriais e os artigos de opinião, textos que, respectivamente, defendem o ponto de vista dos jornais e dos especialistas sobre temas polêmicos; as notícias, que relatam fatos cotidianos; as reportagens, 
que apresentam uma compilação de informações sobre um assunto; há também horóscopos, charges, tirinhas, resenhas, além de anúncios e de publicidade. 
Nos meios de comunicação de massa, como o rádio e a TV, há também os mais variados textos: noticiários, documentários, programas de variedades, de humor e de entrevistas, novelas e filmes e mais textos publicitários, etc. 
Com a criação e a popularização da Internet, surgiu mais uma infinidade de diferentes manifestações textuais: os e-mails, as mensagens instantâneas, os posts, os scraps, as enciclopédias eletrônicas, os e-books, entre outros. Todos esses textos, embora sejam veiculados em um suporte comum – a web – são utilizados em situações específicas e com diferentes funções. 
Há ainda uma infinidade de textos com os quais lidamos em nossas relações diárias, seja em casa, na escola, no trabalho, na igreja. Aí se incluem telefonemas, cartas pessoais e comerciais, bilhetes, bulas, manuais, receitas, listas de compras, cardápios de restaurantes, orações, piadas, conversação espontânea. 
É comum chamar essa infinidade de textos de “tipos textuais”. Mas essa não é a terminologia correta. Na verdade, todas as variedades de textos citadas devem ser entendidas como “gêneros textuais”.

Aula 2

DISTINÇÃO ENTRE TIPOS TEXTUAIS E GÊNEROS TEXTUAIS GÊNEROS TEXTUAIS TIPOS TEXTUAIS 

O termo “tipologia textual” é usado para fazer referência a um modo de análise que, a fim de organizar os textos, leva em consideração principalmente suas características estruturais, linguísticas. Embora seja difícil dissociar totalmente a forma da principal função social a que um texto se destina, nesse tipo de organização, a ênfase está na maneira de dizer. Assim, é possível citar, por exemplo, quais são as estruturas frasais, os tempos e modos verbais, os tipos de conectivos mais recorrentes em cada tipo textual. Além disso, há poucos tipos textuais, e os principais são: o dissertativo (ou expositivo), o argumentativo, o narrativo, o descritivo e o injuntivo. Ao longo deste módulo, vamos conhecer algumas das características desses tipos textuais, bem como aprender a relacioná-los às principais funções comunicativas a que se destinam. 
Procurando uma forma de organizar o texto que o considerasse não apenas estruturalmente, mas também pragmaticamente, ou seja, tendo em vista sua função prática, social, comunicativa, foi proposta uma ressignificação do conceito de “gêneros”, antes usado apenas para fazer referência a textos literários – gêneros épico, lírico e dramático. Assim, gênero textual é o nome que se dá para um conjunto concreto de textos com funções e com características formais, contextuais e intertextuais semelhantes. Dessa forma, não há poucos gêneros, mas inúmeros, já que também são inúmeras as situações sociocomunicativas possíveis. Alguns deles foram citados na introdução (telefonema, panfleto, bilhete, cardápio, romance, artigo de opinião, etc.), mas seria exaustivo enumerar todos, se isso fosse possível. O fato é que, com a evolução da história, da ciência e da tecnologia, os gêneros textuais têm se diversificado cada vez mais e não param de se multiplicar. Em outro momento, abordaremos e estudaremos de modo mais aprofundado alguns dos mais importantes gêneros textuais. 


Aula 3

Exercícios 

1 (ENEM-2010)
 O Chat e sua linguagem virtual
 “O significado da palavra chat vem do inglês e quer dizer “conversa”. Essa conversa acontece em tempo real, e, para isso, é necessário que duas ou mais pessoas estejam conectadas ao mesmo tempo, o que chamamos de comunicação síncrona. São muitos os sites que oferecem a opção de bate-papo na internet, basta escolher a sala que deseja “entrar”, salas são divididas por assuntos, como educação, cinema, esporte, música, sexo, entre outros. Para entrar, é necessário escolher um nick, uma espécie de apelido que identificará o participante durante a conversa. Algumas salas restringem a idade, mas não existe nenhum controle para verificar se a idade informada é realmente a idade de quem está acessando, facilitando que crianças e adolescentes acessem salas com conteúdos inadequados para sua faixa etária.” Segundo o texto, o chat proporciona a ocorrência de diálogos instantâneos com linguagem específica, uma vez que nesses ambientes interativos faz-se uso de protocolos diferenciados de interação. O chat, nessa perspectiva, cria uma nova forma de comunicação porque: 
a) possibilita que ocorra diálogo sem a exposição da identidade real dos indivíduos, que podem recorrer a apelidos fictícios sem comprometer o fluxo da comunicação em tempo real.
 b) disponibiliza salas de bate-papo sobre diferentes assuntos com pessoas pré-selecionadas por meio de um sistema de busca monitorado e atualizado por autoridades no assunto. 
c) seleciona previamente conteúdos adequados à faixa etária dos usuários que serão distribuídos nas faixas de idade organizadas pelo site que disponibiliza a ferramenta. 
d) garante a gravação das conversas, o que possibilita que um diálogo permaneça aberto, independente da disposição de cada participante. 
e) limita a quantidade de participantes conectados nas salas de bate-papo, a fim de garantir a qualidade e eficiência dos diálogos, evitando mal-entendidos.

2 (ENEM – 2010)
 Resta saber o que ficou das línguas indígenas no português do Brasil. Serafim da Silva Neto afirma: “No Português do Brasil, não há, positivamente, influência das línguas africanas ou ameríndias”. Todavia, é difícil de aceitar que um longo período de bilinguismo de dois séculos não deixasse marcas no português do Brasil.

 ELIA, S. Fundamentos Histórico-Linguísticos do Português do Brasil. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003 (adaptado).

 No final do sec. XVIII, no norte do Egito, foi descoberta a Pedra de Roseta, que continha um texto escrito em egípcio antigo, uma versão desse texto chamada “demótico”, e o mesmo texto escrito em grego. Até então, a antiga escrita egípcia não estava decifrada. O inglês Thomas Young estudou o objeto e fez algumas descobertas como, por exemplo, a direção em que a leitura deveria ser feita. Mais tarde, o francês Jean- François Champollion voltou a estudá-la e conseguiu decifrar a antiga escrita egípcia a partir do grego, provando que, na verdade, o grego era a língua original do texto e que o egípcio era uma tradução.

Com base na leitura dos textos conclui-se, sobre as línguas, que: 
a) cada língua é única e intraduzível. 
b) elementos de uma língua são preservados, ainda que não haja mais falantes dessa língua. 
c) a língua escrita de determinado grupo desaparece quando a sociedade que a produzia é extinta. 
d) o egípcio antigo e o grego apresentam a mesma estrutura gramatical, assim como as línguas indígenas brasileiras e o português do Brasil. 
e) o egípcio e o grego apresentavam letras e palavras similares, o que possibilitou a comparação linguística, o mesmo que aconteceu com as línguas indígenas brasileiras e o português do Brasil.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Português: Atividade - Gênero Notícia (8º ano A)

PLANO DE AULA - EDUCAÇÃO FÍSICA 9 ANOS FINAIS